Ricardo Oliveira – uma breve história de fundos e incompatibilidades

“Servir o Sporting e não servirmo-nos dele!”. A frase é uma máxima incontornável de todos os que fazem parte da Lista C – Pelo Meu Sporting, empenhados em defender até ao limite um Clube dos seus Sócios, protegendo-o dos interesses que destroem o desporto no século XXI.

Vem esta introdução a propósito da entrevista concedida à agência Lusa, divulgada esta manhã,  por Ricardo Oliveira, candidato à presidência do Sporting Clube de Portugal pela Lista B, na qual revelou o nome do fundo registado na Suíça e disposto a investir entre 150 a 200 milhões no clube e na SAD: o Youngtimers AG.

Diz-nos uma rápida análise ao nome em questão, que a Youngtimers é uma holding registada na Suíça, líder mundial na facilitação, gestão e manutenção de investimentos alternativos em carros colecionáveis, sendo detentora e operadora de empresas que prestam serviços a esta indústria. Até aqui, nada de mais.

O espanto, capaz de promover o sentimento de vergonha alheia, surge quando nos deparamos com uma notícia em destaque no site da Youngtimers: Youngtimers cria Subsidiária de Negócios Desportivos e nomeia Ricardo da Silva Oliveira como CEO da Youngtimers Sports AG. (Homepgae em https://ir.youngtimers.com/).

 

Nessa mesma notícia, cujo comunicado remetemos em anexo, ficamos a saber que esta nova subsidiária, liderada por Ricardo Oliveira e 100% propriedade da Youngtimers AG, foi criada para procurar oportunidades de negócios no universo de negócios desportivos.

São pessoas com muita capacidade financeira. Não estou a falar de milhões, estou a falar de biliões. E que confiam em mim para gerir certos negócios delas“, explica o candidato nessa mesma entrevista, acrescentando que, se for eleito presidente do Sporting Clube de Portugal, “deixarei de exercer as funções de diretor-executivo da Youngtimers, visto que haveria um conflito de interesses óbvio, que não afetaria a confiança que eles têm em mim.”

Ora, portanto, Ricardo Oliveira em direto na televisão, acenou a bandeira da credibilidade que o tornava naquela pessoa com quem os investidores aceitavam conversar e negociar e, afinal, esse reconhecimento vem da empresa para a qual trabalha.

Por outras palavras, este cenário é semelhante a tantos outros no passado do nosso Clube que resultaram em grande mácula para o Sporting, como os que resultaram da venda dos terrenos do antigo estádio e ainda do desbaratar de ativos do Clube levado a cabo por ex-dirigentes de todos conhecidos.

 

A transparência não se anuncia, pratica-se!

#PeloMeuSporting

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