Incoerências de como não se deve competir

Sou Pedro Ramos, sócio nº9608.0. Aqui inauguro um ciclo de escritos relativos à atual conjuntura do Sporting Clube de Portugal, na generalidade, e da sua equipa mais representativa, em particular, realçando as incoerências de como não se deve competir.

Como já perceberam, refiro-me à equipa principal masculina de futebol profissional. Este coletivo vive momentos de angústia e um total desespero pela falta de opções estratégicas, técnicas, táticas e de organização geral e específica, no que ao seu preparo e nível competitivo diz respeito.

Estas disfuncionalidades orgânicas estão, por demais, embebidas das incoerências de como não se deve competir a este nível, muito menos com adversários de elevado estatuto social e desportivo.

 

SCP vs. FCP 12 fev 2023

Esta minha primeira abordagem, logo após ter completado 69 anos de idade, coincide com o facto de termos recentemente competido com um dos nossos rivais diretos, o Futebol Clube do Porto. Para um jogo como este era impreterível o estudo e preparação de um Plan Of The Match, convenientemente assertivo, atinente às circunstâncias classificativas em que se almejava a ida à Champions League, na época desportiva de 2023/2024.

Infelizmente para as nossas cores e para os nossos entusiastas Sócios e Adeptos, tudo foi desbaratado. Cometeram-se as já costumeiras incongruências, reveladoras da incompetência estratégico-técnica e péssimo envolvimento do seu timoneiro. Seria impensável considerar o êxito quando os recursos humanos são tão mal geridos, nas razões mentais, psicológicas e técnicas, numa competição que se adivinhava renhida, agressiva e de duelos individuais constantes.

A inclusão na equipa titular de jogadores sem as dinâmicas individuais estritamente necessárias, mesmo essenciais, como HÉCTOR BELLERIN, FRANCISCO TRINCÃO (com anginas, segundo informação do próprio Rúben Amorim) e ISSAHAKU FATAWU, deixando de fora aquele que atualmente mais desequilibra pela intensidade e dinâmica que coloca em cada lance, NUNO SANTOS, tornava previsível que, mais tarde ou mais cedo, se sucumbisse à pressão de um adversário sério e competente, que não joga muito bem, mas ADORA COMPETIR!

 

Mais… não se fica por aqui

Se juntarmos a isto EDWARDS, que só jogou a espaços, POTE, que está num horrível momento de forma, PAULINHO, que apenas tocou 7 vezes na bola, a nossa equipa ficou transformada, sem alma e sem chama, teimando em não competir de igual para igual com o adversário.

Continua-se a acumular erros posicionais, num modelo de jogo/sistema já gasto e não concordante com as características dos atletas, que assim não conseguem corresponder aos momentos do jogo. Soma-se a péssima abordagem do seu técnico principal, Rúben Amorim, quer no início, quer nas substituições, revelando ambas grande desespero e descontrolo.

 

Palavra final para Chermiti

Uma palavra final para o despontar de um avançado, o CHERMITI, que se não adquirir os vícios do seu técnico, poderá ser uma mais-valia num futuro próximo.

 

 

 

Saudações Leoninas,

Pedro Ramos (sócio, nº 9608.0) – ex-atleta/ Educação Física / Formação Desportiva / 4º Nível UEFA PRO

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