Futebol do Sporting Clube de Portugal: conseguiremos tornar a estabilidade desconfortável em 22/23?

Depois da conquista do título de futebol em 20/21, o Sporting Clube de Portugal teve que lidar com a responsabilidade de defender o estatuto de campeão. Defendeu a “coroa” até ao fim (sem esquecer o célebre jogo apitado pelo árbitro João Pinheiro, no Estádio do Dragão, local que deveria estar interditado, mas onde, à boa maneira portuguesa, se continua a jogar) e garantiu o acesso direto à Liga dos Campeões, prova na qual vai tentar repetir, pelo menos, o alcançado na época anterior, onde atingiu os oitavos-de-final.

Pelo meio, voltou a conquistar a Taça da Liga, e ficou o amargo de boca por não chegar à final da Taça de Portugal, prova na qual caiu nas meias-finais.

 

Época de futebol 2022/2023

Chegamos a 2022/2023, onde jogaremos em Braga e no Dragão nas três primeiras jornadas, e temos o Sporting como candidato ao título dos que menos mexeram no plantel entre uma época e outra.

As saídas mais sonantes, de Palhinha e de Sarabia, têm como resposta o já bem conhecido Ugarte, dono do lugar desde época passada, e a forte aposta em Trincão, jovem talento que Amorim já treinou em Braga, e no qual deposita, agora, as esperanças de ter um desequilibrador capaz de marcar golos.

Tal é algo que se pede também a Pedro Gonçalves e a Paulinho, o único avançado centro do plantel, pese a existência de Rodrigo Ribeiro e Youssef Chermiti como soluções que continuarão a evoluir nas equipas B e sub-23.

A ausência de um reforço ofensivo é, aliás, um dos temas que mais divide os adeptos, conscientes da importância de ter um chamado “homem golo”, e de ter uma opção que permita apostar num desenho tático diferente ou num futebol mais direto.

 

Desafios de Rúben Amorim

Este será um dos maiores desafios do ano três de Rúben Amorim: encontrar solução para ultrapassar adversários que optam por linhas de 5 e 6 defesas, para roubar largura de jogo aos Leões (a nível interno).

Mas também encontrar soluções para ir a jogo com “pesos pesados” na Champions, onde um passado recente mostrou as nossas dificuldades frente a equipas que pressionam alto com miolos mais povoados.

Possíveis tácticas do treinador leonino

Há quem garanta que o técnico Leonino vai apostar, várias vezes, num ataque mais móvel como forma de combater as adaptações estratégicas que os adversários vão aplicando. E se essa mobilidade começar a partir de trás, a contratação de St. Juste poderá ser um extra importante na saída de bola, tal como o estilo “Regisconta” de Morita dará nuances diferentes ao meio-campo onde Ugarte e Matheus Nunes serão, à partida, os titulares (pena a lesão do Daniel Bragança).

Em cima da mesa está, também, a possibilidade de Pedro Gonçalves descer para o meio-campo, criando uma dinâmica ofensiva completamente diferente, algo que, diga-se, faz todo o sentido na maioria dos jogos da nossa Liga.

Em resumo

Resumidamente, o Sporting arranca para a nova época com estabilidade na baliza (a lesão Adán foi um choque, a fezada diz que Israel vai brilhar); estabilidade nas laterais, mais opções para combinar os três centrais, estabilidade no centro do terreno, mais opções para os extremos e mobilidade atacante, e estabilidade no centro do ataque.

O grande desafio que se coloca, numa época completamente atípica, com um terço do campeonato jogado até novembro, toda a fase de grupos da Champions despachada em igual tempo, e um Mundial de Futebol para ver enquanto montamos a árvore de Natal, é tornar essa estabilidade desconfortável para os adversários.

Para isso, o Sporting terá que sair várias vezes da sua zona de conforto.

Boa sorte, rapazes de Verde e Branco! #PeloMeuSporting

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