Em Portugal, a taxa de penetração da Internet é superior a 70%. Se falarmos da utilização de dispositivos móveis somos empurrados para uma percentagem de 79% de penetração, o correspondente a mais de 8 milhões de pessoas.
O nosso Clube tem 2.5 milhões de utilizadores no Facebook, 1.2 milhões de utilizadores no Instagram e 800 mil utilizadores no Twitter.
Queremos que o nosso impacto na Internet e nas redes sociais cresça dia após dia e acreditamos consegui-lo ainda mais através da APP Sporting. A ideia é que esta agregue informação do Clube, para que os Sócios e os Adeptos consumam conteúdos – que atualmente se encontram em artigos e vídeos fora da plataforma – dentro da APP.
Mas, fora a APP, quais são os principais canais e pontos de contacto para chegar aos Sócios e Adeptos?
A televisão tem um papel muito importante, desde sempre, representando a maior fatia de consciencialização para um produto ou serviço a ser consumido na Internet. Quer isto dizer que 35% dos utilizadores da internet tiveram o primeiro contacto com um produto ou serviço através da televisão. A seguir à televisão segue-se o online, com 21% dos utilizadores, e, por último, o email direto com apenas 7%.
Estes dados obrigam-nos a pensar numa estratégia digital multicanal, em que seja possível uma sinergia entre os vários meios de comunicação do Clube. Dessa forma, no Programa Eleitoral propomos a integração de TV na APP e a divulgação da APP na Sporting TV.
Perspetivas do Digital no Desporto
O Desporto, enquanto “indústria”, tem nos direitos de transmissão e conteúdos multimédia desde há uns anos uma das principais fontes de receita, que tenderão, naturalmente, a atingir um teto máximo de oneração dos direitos de transmissão, sejam televisivos, ou numa indústria subalternada a esta, à data, a dos conteúdos de streaming. Tal obriga a explorar novas formas de angariação de receita.
E a questão que se coloca é: Como pretendemos fazê-lo?
Os conteúdos desportivos têm de se adequar à forma de consumo dos Sócios e Adeptos e, em particular, às futuras gerações de Adeptos.
Por isso, e uma vez que os Atletas serão os futuros criadores de conteúdos, vamos apostar na forma de interação entre o Clube e os Adeptos. Como? Proporcionando uma ligação entre os Atletas e os Adeptos.
Atualmente tal já acontece através das redes sociais, com transmissões em direto por parte dos Atletas, ou com o Backstage ou o ADN de Leão Mas não queremos que fique por aqui! Ao existir uma maior interação entre os Atletas e os Sportinguistas que os seguem, existirá uma maior exposição dos Atletas – tendo as suas opiniões uma maior visibilidade -, mas a interação dos Adeptos com o Clube será ainda maior.
Também a realidade aumentada e a realidade virtual têm aqui um papel importante. Estas distinguem-se por inserirem conteúdos dentro de um enquadramento físico, em tempo real, e por experienciarem, de forma realista, um ambiente.
Por último, e como referido acima, vamos apostar na personalização de informação ao Adepto. É fundamental perceber como este consome conteúdos do Clube, como compra produtos do Clube, se através de merchandise ou outra forma, o que consome dentro do Estádio José Alvade, entre outras coisas.
A visão está assente no indivíduo, por isso a oferta deve ser o mais direcionada e específica possível. Não temos como objetivo apenas a receita, mas sim a componente emocional e de ligação que se cria na relação entre o Clube e os Adeptos.
“Digital Natives”: O Adepto do futuro
Os “digital native” são os Adeptos do futuro, aqueles que se sentem atraídos por produtos mais individualizados e personalizados. Estes Adeptos não são aqueles que estão dispostos a pagar por futebol, mas sim a pagar por ofertas suplementares aos conteúdos já disponíveis.
Enquanto assistem a um jogo através da televisão estão a acompanhar, através dos smartphones e nas redes sociais, outro tipo de conteúdos.
A preferência por conteúdos mais curtos e divertidos é o que os distingue dos demais Adeptos, sendo a personalização um fator mais do que importante se quisermos satisfazer os interesses destes Adeptos do futuro.
A habituação à personalização dos conteúdos confere-lhes maior apetência a subscreverem conteúdos selecionados por si e a valorizarem produtos e serviços que lhes permitam a personalização, isto é, fora da linha standard de produtos.
Muito relevante, e em particular para a análise de utilização de APP, é a forma de utilização do segundo ecrã:
- Informação de um jogo que está a decorrer em paralelo;
- Informação sobre o jogo que está a decorrer e que está a ver na televisão;
- Comentar o jogo em grupos fechados (WhatsApp) ou redes sociais.
Partindo deste pressuposto, podemos afirmar que uma APP do Clube, com informação e estatísticas de qualidade sobre os jogos em curso, atenderá às utilizações como segundo ecrã, proporcionando interesse ao Adepto do futuro.
A implementação da APP, sendo muito importante, será sempre complementar a uma política de divulgação de informação do Clube e de interação com os seus Sócios e Adeptos, que seja inclusiva.